É morada abandonada, é tapera, é tristeza, é pedaço de nós extirpado, é filho roubado.É ver renegado o alento. É não ter o sustento, para matar a fome.
É ter nome, mas paradeiro desconhecido. É o abrigo que não se acha, é um tempo que não passa, é a vida que escorre no fio da navalha, é a falha do tecido, é o bandido cruel, é o fel de uma ausência.
É inclemência do senhor, é flor sem o beija flor, é a dor do amor que partiu. É rio, que as mesmas águas jamais irão nos banhar. É água que o mar, não tem onde armazenar.
É a planta que se esqueceu de brotar. É o ciclo interminável do broto que não vem, é viver sem o líquido mais precioso, é o gozo que fica na ânsia.
É ser criança que saliva de olhos vidrados. É a ruga no rosto do velho cansado. É o sinal apagado na pista de pouso. È a imbecilidade de dizer ao velho doente, que ele tem toda a vida pela frente. É dor da lágrima que cai, é vida que se arrasta. É madrasta.
É vida que se afasta, quando lá fora tudo parece ter lhe esquecido. É o negro sem lume, é a miragem, é o altar sem imagem. É seguir a estrada, sem saber aonde vai.
É a esperança que não sai, é filho sem pai. É berço embalado e vazio. É o frio, é lápide sem identificação. É o duro chão trincado, é o machado que corta a seiva. É o coma de olhos abertos, é o deserto.
É ter as asas partidas, é o espinho cravado, é o soldado solitário na vala. É dor que não cala. É o estandarte de um reino sumido. É zumbido e depois o gemido que sai da garganta, é o eco de um lamento profundo, sentido pela ausência.
É ter nome, mas paradeiro desconhecido. É o abrigo que não se acha, é um tempo que não passa, é a vida que escorre no fio da navalha, é a falha do tecido, é o bandido cruel, é o fel de uma ausência.
É inclemência do senhor, é flor sem o beija flor, é a dor do amor que partiu. É rio, que as mesmas águas jamais irão nos banhar. É água que o mar, não tem onde armazenar.
É a planta que se esqueceu de brotar. É o ciclo interminável do broto que não vem, é viver sem o líquido mais precioso, é o gozo que fica na ânsia.
É ser criança que saliva de olhos vidrados. É a ruga no rosto do velho cansado. É o sinal apagado na pista de pouso. È a imbecilidade de dizer ao velho doente, que ele tem toda a vida pela frente. É dor da lágrima que cai, é vida que se arrasta. É madrasta.
É vida que se afasta, quando lá fora tudo parece ter lhe esquecido. É o negro sem lume, é a miragem, é o altar sem imagem. É seguir a estrada, sem saber aonde vai.
É a esperança que não sai, é filho sem pai. É berço embalado e vazio. É o frio, é lápide sem identificação. É o duro chão trincado, é o machado que corta a seiva. É o coma de olhos abertos, é o deserto.
É ter as asas partidas, é o espinho cravado, é o soldado solitário na vala. É dor que não cala. É o estandarte de um reino sumido. É zumbido e depois o gemido que sai da garganta, é o eco de um lamento profundo, sentido pela ausência.
Jamais podereremos medir a extensão da dor, de uma perda e de uma ausência.
Beijos, aos que visitam este espaço!
Foto: Ana Franco.
7 comentários:
Não tenho condições de apreciar o seu post no seu junto valor agora, querida, pois fui dormir às 5 da matina e me acordaram às 7, mas voltarei para lê-lo com calma.
Estive a ponto de fechar meu Blog por esses dias, devido às línguas maledicentes, mas não vou fechá-lo porque os amigos me apoiaram, e quantos amigos, e, de quebra, fiz um novo post, comentando um excelente filme.
Apareça:
wwwrenatacordeiro.blogspot.com
Um abraço,
Renata
Ausência é isto...uma morte cotidiana!
Uma vida amarrada na outra...como se alguém nos seguisse diariamente...mas,nunca nos encontrasse!
Temos a sensação de caminhar pro nada...e só nos resta seguir!
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Como diz a canção..."Circo sem palhaço,namoro sem amasso.."
Ausência é isto...falta algo pra completar...uma peça do quebra-cabeça!
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Beijos,querida...muitos!
Lindo texto!
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Qual o valor das palavras? São usadas todos os dias. Umas ferem amargamente, outras reconstroem um sorriso. Têm o gosto de quem as emprega. E são tantas vezes mal empregues que chegam a perder todo o seu valor e respeito. Muitas já nem são ouvidas, outras perderam-se na vulgaridade mundana, e ainda há aquelas que já ninguém se lembra.
Resta-nos o silêncio inconsciente.
(Bruno Moutinho)
Parece até meio fora de propósito e extemporâneo, né?...
Beijo, amiga.
Milly!!!
Tudo bem contigo? hum?
Que bom que gostou, gracias.
Saudade de tu, viu?
Tens que me passar mais uns pontos novos...
Beijos, muiiitos!
Nossa, que belíssima descrição. Pude sentir aqui o peso, até tocar a ausência com as mãos...sabes o que tenho vivido, é um pouco de tudo e um pouco de nada. Angústia, ansiedade, desejo, necessidade, vontade...ahhhhhhhhhhhhh =P
Amei, estás cada vez melhor com as rimas, estão cada vez mais belas e suaves, como vc, como sua alma!
Eu amo vc, minha amiga linda. Sabes o quanto é importante na minha vida. Obrigada pelo seu carinho, seu apoio e sua amizade sempre! "És parte ainda do que me faz forte..."
Beijos, felicidades pra vc, sempre!
____pela mão da ausência tantos sentimentos passam e as seguram, né?
pela mão da ausência passo, trazida de longe, minha parceira, perdoa essa pobre coitada, que nada sabe além de bem querer...
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um beijo
____pela mão da ausência tantos sentimentos passam e as seguram, né?
pela mão da ausência passo, trazida de longe, minha parceira, perdoa essa pobre coitada, que nada sabe além de bem querer...
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um beijo
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