terça-feira, 26 de junho de 2012

Fotos do meu jardim

Enquanto aguardo a inspiração para escrever algo, vou postando mais algumas fotos do meu jardim. 






Beijos!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Meu jardim

Fotos do meu jardim tiradas nesse tempo em que estive ausente, e sem postar.




 

Beijos aos visitantes desse espaço.
Lu.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Presença


Fio de pensamento seguindo o vasto caminho,

Andando sozinho.


Pra dizer-te em poesia, em diversos versos

Certos, tortos, embriagados de vinho...

Por bem dizer-te, o que buscava e o que nos une...

Frágil, cético sabor de um ninho.


Quimeras, falácias,

Habitante, andante, viramundo,

Voz de vagabundo.


Enredos, medos,

Vestes simplórias, braços estendidos

Sublime morada da rosa, entre os espinhos.


Não fossem as forças infinitas,

Planície desses homens,

Desde o horizonte.


Alma com olhos de esperança,

Refletidas num leito, no espelho de um rio...

Tempo de estio.


Beijo, aos visitantes!


domingo, 1 de maio de 2011

Depois de ausente e tanto tempo longe...



Num cenário diferente me vi observar, como quem pressente algo novo no ar... Um sorriso carregado de promessas, dando sentido, matando a sede do olhar... Até parece água benta, para todos os males curar...

Coração bate inquieto, me flagrou pensando...

É fase de renovação com mais uma estação, é outono com suas folhas no chão... Lentas e lerdas caem, mas logo outras virão...

Beijos!

quinta-feira, 31 de março de 2011

Marcas e marcos...




Entre nacos, cacos, e parcos pertences, meus olhos feitos candeeiros perscrutam nas soleiras das portas, além da janela, nas voltas que a vida já deu...
Então me vi pela vida, e a vida estava em mim através dos sonhos...
E nesta ronda, lentamente fui bordando, caseando, e remendando silêncios e palavras, para não perder o fio da meada. Dosando apelos do coração da menina de trança, com o verde da esperança... Sonhos desvairados, anseios, escritos e o que foi dito, que cito e repito, tal como gritos, ecoando em meus sentidos...
não existem fantasmas.
Sobrevivi mesmo sem o que perdi...

Sigo, mas não posso evitar recordar, aquilo que me trouxe até aqui... Sonhos férteis, alguns espinhos...

O ponto de chegada pode fazer-se longe. Com paciência de um monge, ainda estou a me perguntar: Aonde pretendo chegar, com tudo que juntei pelo caminho?...
Nacos e cacos... Parcos pertences, e esta legenda de minha essência, que traduz o que juntei pelo caminho.


Beijos aos visitantes!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Árvores Natalinas e outras memórias...



Na véspera do Natal, eu tinha uma incumbência que de nada me desagradava. Minha mãe plantava araucárias, “pinheiros de natal” como se dizia por aqui, e como eu tinha que vendê-las, me empenhava com maior prazer, pois o dinheiro das vendas é que faziam o diferencial no presente de natal. Boas vendas significavam a escolha de um bom presente. Diferente de fazer as tais cucas e bolachas coloridas, a tarefa era muito motivadora.

Ela tinha sempre o maior cuidado na forma de plantio, observando a distancia entre uma árvore e outra, de forma que seus galhos pudessem desenvolver-se num espaço sem interferência de outras plantas. Mas o que minha mãe nunca soube, é que eu comia os deliciosos brotos dos pinheiros.

Naquele tempo, não era proibido o corte e venda, nem existia árvores artificiais por essas bandas. Então, lá saía eu cheia de entusiasmo para as vendas, visitando primeiro a Dona Eda. Mulher elegante e muito exigente na compra de sua árvore, mas uma compradora certa. E começar as vendas bem é imprescindível, para qualquer vendedor.

_ Bom dia Dona Eda, a senhora vai querer uma árvore de natal? passei primeiro aqui, como todos os anos. A mãe reservou a melhor árvore para senhora, linda, de copa perfeita e do tamanho que a senhora gosta

Bem após a primeira venda, seguia ofertando conforme a disponibilidade. E claro, já sonhando de olho nos brinquedos nas vitrines.

A que minha mãe escolhia para enfeitar, sempre era grande. Trazê-la para dentro de casa, não era tarefa muito fácil, cheia de espinhos e enorme, de copa até o teto, tomava metade da sala. Devidamente instalada, colocada em uma lata grande cheia de pedras e areia, com comprimidos fontol, (que dizia ela que evitava que ela murchasse logo), vinha à montagem do presépio que tomava o restante da sala. Papel pardo pintado fazia fundo, representando montanhas e pedras. Latas de plantas viçosas e floridas selecionadas por ela, para a vegetação, barba-de-velho e musgo dando um toque especial, caixas de enfeites com bolas de todos tamanhos, que ela já dava o alerta: “Cuidado pra não quebrar!” Espelhos, ou bacia com água eram os lagos, que ela enchia de patinhos. Serragem tingida de verde e marrom representava a grama e a terra dos caminhos, que levavam os reis magos até a manjedoura, que todo santo dia ela os mexia de lugar, como se estivessem percorrendo a caminhada. E adivinha para quem sobrava a tarefa de buscar as pedras, areia, plantas, tijolos para base e sustentação e montagem, desse gigantesco cenário? Eu sim, e não sei como ainda gosto tanto de natal, após tantas bolachas, cucas e montagem de árvores e presépios gigantescos.

Lembro-me especialmente de um natal de boas vendas, no qual ganhei um jogo de panelinhas com fogão e tudo, mais uma bola de plástico colorida, bem grande. Ah, que linda! Resolvi brincar com ela dentro de casa para não furar, no quarto de minha mãe. Feliz da vida estava eu arremessando meu globo colorido, até que cai bem em cima de um aparelhinho de colocar boa-noite, que era um inseticida espiral que se acendia para espantar mosquitos na época. Que decepção, durou tão pouco... Mas o jogo de panelinhas durou muito, e brincamos por anos numa casinha que minha mãe construiu de caixas de geladeiras, coberta com plástico transparente e colorido, bem de baixo de um abacateiro. Cada abacate que caia era uma choradeira, e eu nem sei se chorava pelo abacate caído na cabeça, ou pelo rombo no telhado da minha casinha.

Quando construí minha casa, mantive a tradição de plantar araucárias aproveitando o espaço do terreno e inexistência do jardim, doando aos amigos para montar suas árvores natalinas. Quando desmanchamos um galpãozinho, no qual armazenávamos lenha e outras tranqueiras, um minguado pinheiro sofrido, por estar plantado espremido lá num cantinho, cortou meu coração. Mantive o pinheiro, movida por lembranças tão doce, sem me dar conta com o passar dos anos de seu crescimento. Ele está enorme, o que é um perigo por estar rente as casas. Como hoje seu corte é proibido, preciso de uma licença especial para sua retirada. Mas, é a casa de tantos pássaros... E como retirar uma árvore tão grande? Eu sei de tudo isso, mas quando tocam no assunto mudo de conversa. Rezo para que nada aconteça, já que me traz tantas alegrias e também aos pássaros.

Desejo para todos, momentos alegres e de paz junto aos seus.
Feliz Natal!
Beijos!