domingo, 29 de agosto de 2010

Fragmentos_III


E renasce mais um dia!

E com ele, as percepções mescladas às legendas de minha essência... Extraída da furna funda que abriga minh’alma, nestas horas calmas...

Equivalente ao tempo e a dualidade... Entre o não palpável, mas presente. Junto, mas distante. Inacabado, mas compreensível. Transitório, mas marcante.

Então, como negar que o vi bem ali, a poucos passos de mim?

Descortinando em lentos movimentos, os fragmentos desta curta cena, revividas em contrapartida ao momento recordado, tal um bordado, caseado ponto por ponto, enredado por laços, fios, e flores, que se mesclou ao paraíso que resido... Tal o espinho que protege a rosa, zelo essa imagem bela, como sentinela em seu posto.

Dirias que estou a embalar utopias?

Olhando além do que é visível aos olhos, percebi quando o abracei que não o abracei só, abracei-o com o tempo... Aquela estampa de ontem, parecia o próprio tempo pendurado na história. Porque não foi o presente, tão pouco uma lembrança do passado... Poderia omitir, mas não negar, esteve ao meu lado!...

Então, permaneço estendendo minhas mãos para poder o tocar, entre brumas do infinito...

Fim!

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Wikipédia, a enciclopédia livre:Dualismo, ou dualidade foi uma doutrina estabelecida por René Descartes e Christian von Wolff quem primeiro utilizou o conceito em sua concepção moderna, segundo o qual "é o sistema filosófico ou doutrina que admite, como explicação primeira do mundo e da vida, a existência de dois princípios, de duas substâncias ou duas realidades irredutíveis entre si, inconciliáveis, incapazes de síntese final ou de recíproca subordinação.


sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Fragmentos_II

Sorvendo a vida às colheradas, ou outras medidas, aprazíveis em cada situação. Nas escolhas dos caminhos, que se bifurcam por alguma razão... Deixando rastros, tal uma vela, pingando promessas pelo chão.

Como no confessionário, a dizer das faltas menos graves, para a penitência ser mais suave. De vendas e sem asas, marionetes, razoáveis de pés fincados no chão. Uma forma limitada e nada criativa de olhar uma situação.

Não seriam as dores e inquietações, desejos e alegrias, que pelas mãos dos poetas, transformam-se em poesia? Ou serão loucos visionários, vestindo seus anseios de versos, sem limitar-se pela visão?...

Há tanta genialidade, até pela janela da boêmia...

Todavia, escoa-se mais um dia na roda do tempo, rodando em trilho aberto, juntando fragmentos...




Imagem: Renato Miguel-Olhares.


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Fragmentos...



O aroma das flores mesclado à brisa amena, bem como os pássaros em seu solfejar, parecem encantar esse lindo dia...

Donde estou, observo-o compenetrado em sua leitura. Contenho-me. Não ouso interromper tão doce momento...

Ele está aqui, sim está!... Inserido a este espaço, tão junto a mim...

Que direi de sua chegada de mansinho, como quem chega de férias, trazendo pra minha alma, meio calma e meio ansiosa, tão doce lenitivo?

As flores bailam em um ritmo lento, embaladas pelo vento e as árvores acompanham o bailado, balançando seus galhos, agitando suas folhas harmoniosamente... As borboletas sobrevoam as flores, interligadas a coreografia de forma majestosa. As andorinhas e os pombos agitam suas asas para entrada em cena, ao sinal do canto do sabiá, lá na ponta do pinheiro, seguido do colibri que faz sua entrada no ápice, seguido pelo coro de pássaros que emitem suas notas mais altas...

Alouco, revela-se aos poucos, a plenitude de um dia!

Oh! que memória a minha! Absorta, nessa viagem do tempo não relato quem avisto, não retratei sua imagem, tão pouco precisei a hora, e o dia...

Quiçá poderia?

Ah, vos digo: Isso não importa!

Por certo, quente está o dia. Direis que o sol escaldante ultrapassou a aba do chapéu, atingindo meus miolos... Palavras ao léu? Não seria uma xavena de palavras que bebemos pelo universo de versos, com cenas, de tardes plenas?

Ora, pois... assim sendo, peço-te uma colher de chá!...

Espere! Indago-me imersa nas evidências, e com tais fragmentos desse cenário povoando minh'alma, melhor seria rogar-te uma bela xícara cheia!

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P.S.: Ocorreu-me, se chá escreve-se com ch, xícara com x. Então chávena, não pode ser xavena? Fecham-se as cortinas, enquanto penso o que escrever na segunda parte. Espere! Segunda parte? Preciso consultar a escritora, saber de sua inspiração... Por hora, melhor somente fechar a página. E dopo, che questa possibilità si vedrà!


Alouco: O que é representado ou expresso por um sinal, um sistema de sinais, um gesto, um fato. / Lingüística Representação mental e...
Chávena ou xícara é um recipiente em forma de taça, e costuma vir acompanhada do respectivo pires formando um conjunto, que por sua vez pode fazer parte de um conjunto maior de várias chávenas, pires, bule, açucareiro, leiteira, etc., compondo assim um serviço de chá.
De acordo com o Dicionário da Porto Editora, chávena (do malaio chavan, ou do chinês cha-kvan) é «pequeno recipiente com asa, geralmente de louça, que serve para tomar bebidas, quentes ou frias.
A palavra xícara não tem que ver etimologicamente com chá; entrou por intermédio da língua espanhola, mas é de origem nauatle, língua nativa mexicana.
Note-se que ch ainda hoje corresponde ao som [tʃ] em falares do Norte de Portugal. Assim, chave, chão, chamar são dialectalmente pronunciados como se houvesse um t antes de ch: "tchave", "tchão", "tchamar".
Já o grafema x é a grafia mais tradicional para indicar o som que ocorre em baixo. Só a partir do século XVIII é que as grafias ch e x passaram a representar ao mesmo som, o que explica que xadrez e chamar comecem hoje pela mesma consoante, apesar das diferentes grafias que a representam.

Pai google é o máximo!
Tchau!