quinta-feira, 29 de maio de 2008

Liberdade...

Quando pensamos em liberdade, umas das primeiras coisas que nos vem em mente, é o ato de ir e vir, de fazer aquilo que temos vontade...

Mas, pensando nas pessoas que não conseguem dar um passo, incapacitados de andar, elas não são livres? Ora, pois, pensando por outro prisma a liberdade pode e é muito mais que andar e se deslocar fisicamente para um determinado lugar. O astrofísico britânico, Stephen Hawking reconhecido pelos seus estudos sobre os buracos negros no Universo e a gravidade quântica, é um exemplo bem claro. Preso a uma cadeira de roda por causa da doença degenerativa de Charcot, diagnosticada quando ele tinha 22 anos, que além da perda dos movimentos, também acarretou a perda da fala. Viajando pelo mundo todo, dando palestras e participando de conferências cientificas, ele se comunica através de um controle manual, que seleciona palavras na tela de um computador, que possui um sintetizador que as converte em som.


Poderíamos então dizer que a liberdade está além de limites do ir e vir. Não somente num código, ou num conceito, mas sim no desejo de transpor limites, tanto externos, quanto internos. Está nas escolhas, que fazemos ao longo de nossa vida, religiosas, políticas e muitas outras... Pois muitas tolhem o livre pensar e o livre arbítrio e atrelados a dogmas, cartilhas, bandeiras, estatutos, muitos seguem a sua caminhada frustrados, outros arrependidos sabendo que o tempo não pode voltar... . E, muitas vezes as barreiras são criadas pelo próprio ser e atrás de sua muralha, muitos lamentam seu infortúnio...


Não vejo alegria maior que a liberdade do pensamento, a capacidade de criar, de sonhar, na compreensão do conhecimento com uso de sabedoria. Em mentes que se libertam de preconceito, que conseguem transpor limites auto-impostos.


Ao ouvir uma bela canção de olhos fechados “viajar”, subir montanhas, vislumbrar paisagens, sentir o vento, no permitir-se, no ousar, no deixar levar-se pela emoção... E até onde somos ou livres ou não, lembrei de uma frase de uma canção que diz: “A liberdade só será verdade se tu quiser...”


“Embora não podemos esquecer que em alguns países, muitos sofrem sem direitos e escolhas...”

A todos que visitam esse espaço, beijos!

Imagem: getty images

sábado, 24 de maio de 2008

Nem a favor do machismo, nem apoio ao feminismo...

Não sou profunda conhecedora, do que reza o código de quem defende essas bandeiras, mas sei distinguir quando o seu discurso segue nesse sentido. Ainda tem, pessoas que defendem alguns posicionamentos preconceituosos em relação ao sexo oposto, embora afirmem que não são machistas e nem feministas.

Penso que, a mulher tem muito a aprender com o homem, quanto o homem tem a aprender com a mulher. Trabalhei com equipe formada somente por homens, e foi muito interessante observar quanto são práticos e objetivos, sem as frescuras costumeiras das mulheres. Admiro a praticidade com que lidam com as situações, a paciência na conquista, a autoconfiança na espera que as coisas aconteçam naturalmente.

Enquanto a mulher sofre com sua ansiedade, será que ele gosta de mim? Ele vai me ligar? Será que ele está realmente a fim? Somos, nós mulheres sonhadoras, não tem como negar! Sensíveis e lindas! Emocionamos-nos, choramos perdas, mas saímos fortalecidas (após um ano de lágrimas) na perda de um amor. Enquanto a maioria dos homens logo após seu relacionamento acabar, partem para outra, buscando uma nova parceira. A mulher mergulha e prolonga esse estágio, o homem toca para frente... Não que seja regra, mais na maioria das vezes, agem assim.

Lidar com perdas é muito difícil! E esse período, torna-se doloroso, mas benéfico em muitos sentidos. Sei, pois já passei por um fim de casamento e por perdas dolorosas. Mas, em tudo isso, o que importa é como passamos esse tempo. Ainda que, tenhamos perdido podemos fazer escolhas, de como passar esse período. Podemos optar em arrancar os cabelos e esvair-se em lágrimas, ou fazer desses momentos uma forma de crescimento, pensando o que queremos para nós, o que aprendemos com tudo isso, aprender a valorizar-se e de forma mais amena buscar uma saída. Pois ninguém agüenta nossas lágrimas por um longo período, após 3 ou 4 meses, nem a mãe da viúva tem mais paciência para ver o sofrimento de sua filha.

Essas mulheres maravilhosas, que dão conta de tantos afazeres, cuidando do almoço, lavando a louça, embalando o filhote no carrinho com o pé, de olho e ouvido na máquina de lavar. Achas que um homem daria conta de tudo isso? Só em sonho! Concentrados nem adianta fazer perguntas, pois respondem: Não vê que estou trocando a lâmpada? Ou, não viu que estava escutando a notícia?Na hora do futebol, nem tente dizer nada. Tenho filhos homens, me canso de ouvir: ”Mas mãe, eu não ouvi você dizer tal coisa.” Ah, com certeza devo ter falado em um momento que eles estavam fazendo alguma coisa. Li um livro que dizia que o homem trouxe isso dos primórdios, enquanto caçava, ficava horas concentrado observando os movimentos de sua presa e a melhor hora do ataque, enquanto a mulher incumbida de mais tarefas vigiava o fogo, a caverna e os filhos. Mas, o tempo passou ainda a tempo de modificar e aprender, homens precisam de sensibilidade para entender essas mulheres maravilhosas, companheiras, tolerantes e amorosas. Mulheres, a ser mais práticas, menos chorosas e melodramáticas em circunstancias adversas, em que se precisa de ação e frieza para agir.

Em circunstancias difíceis, tive que agir com cautela e objetividade, para tomar providencia. E chorar... ficou para depois. Afinal, sou humana!
Prolongar um sofrimento é tão danoso, quanto fazer de conta que nada aconteceu... Pois, como mofo na parede, pode ser pintado, mas depois de certo tempo volta à tona...

Beijos a todos que visitam esse espaço!

Imagem: getty images

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Em apoio aos incompreendidos!


Mortais como nós os pensadores de outras épocas - sempre a frente de seu tempo - sofreram muito. Inclusive, muitos deles sem direito a receber compreensão, tolerância, apoio, respeito, cuidados e entendimento para suas descobertas.

A história está repleta de fatos, em que tanto durante quanto no final de suas vidas, tais pensadores, gênios e filósofos, matemáticos, astrônomos e mentes brilhantes que muito contribuíram para história da humanidade, sofreram. Taxados de loucos, hereges e muitos outros sinônimos.

Corajosos eu diria, pois suas descobertas jamais lhes fizeram temerosos, nem a fogueira da (nada) “Santa Inquisição” nem as ameaças, nem as condenações, mudaram seus pensamentos e os fizeram desistir. As boiadas conduzidas (refiro-me aos homens e suas ignorâncias), que sempre apoiaram o poder e poderosos, em massa viraram as costas aos mesmos. Muitos sem o direito de serem enterrados juntos aos seus, morreram sozinhos e isolados, doentes, em sofrimento...

Eu, ao ler algo buscando conhecimento, acabo aprendendo pouco e sentindo muito. Detenho-me à sua história pessoal, as dificuldades, ao seu sofrimento, a rejeição sofrida, a sua determinação, as horas debruçadas em cima dos assuntos. Vejo-o (com uma lamparina estudando) esquecendo de seu corpo físico, não sentido fome, concentrado! Até tento aprender sua teoria, seus tratados e saber mais sobre física, matemática, metafísica, mas confesso que fico divagando. Que mentes brilhantes, seres extraordinários que aportaram na terra em busca de evolução, deixando legados de extrema importância a toda humanidade!

Ah, nem consigo transmitir em palavras, pois doem em mim suas dores que ecoam no Universo...

Beijos a todos visitantes.




terça-feira, 6 de maio de 2008

A arte da costura

Quando penso em algo que nunca fiz, mas gostaria, logo resolvo tentar!!! Claro que prefiro fazer as minhas invenções quando não tem ninguém em casa olhando e posso trabalhar em paz.

Resolvi costurar, coisa que nunca fiz, exceto por alguma barra de toalha. Apaixonada pela “chita”, tecido que gosto muito, pois não tem as fibras sintéticas que o meu corpo odeia (além de sabonetes que não sejam pH neutro, desodorantes perfumados e 99% dos perfumes), resolvi criar um modelito. Fiz um cálculo rápido no valor e achei que, se estragasse o pano, não teria mesmo grande prejuízo. Não sou muito dada com trenas, peguei um outro vestido, que me servia bem em largura e comprimento, e dei mão à obra!

Digo-lhes, costurar não é nada fácil! Tem muitos “segredinhos” e eu tive que buscar na memória alguns comentários feitos por costureiras, coisas do tipo: “costura limpa”, que consiste em não deixar que apareça a costura feita, nem no lado avesso e nem no direito. Fazer tal costura deu uma trabalheira... É um processo um tanto complicado, nem adianta tentar descrever.

Pois bem, depois de cortado, sentei na máquina que herdei de minha mãe, que hoje está com 90 anos (a mãe, não a máquina) e não costura mais, uma Singer que ela já comprou de segunda mão. A idade da máquina? Provavelmente foi trazida ao Brasil pelas caravelas, no descobrimento... O bom é que quando você pedala, já exercita a musculatura da perna.

Existe um tipo de costura feita na roupa, os tais pinchaus, que são feitos para moldar os seios. Eu, é claro, tinha esquecido de fazer e percebi meu erro ao provar o vestido, que achatou toda essa parte de minha anatomia. Desmanchei e corrigi umas duas vezes e perfeito, ficou maravilhoso!

Já me achando a mestra da costura, resolvi criar outros modelitos, com mais detalhes. Errei o detalhe de um laço, que jurava estar colocando na parte da frente, mas que ficou nas costas. Como ficou bonito assim, resolvi deixar. Ao final de 15 dias tinha criado 6 modelos, para estrear no verão 2008! Confesso que me diverti muito, não vi o tempo passar...

Não aceitei encomendas de minhas colegas de trabalho, por não ter tempo, mas houve várias solicitações! E quando a Anne ler esse post, poderá confirmar o fato e as encomendas...

Beijos a todos que visitam esse ESPAÇO!

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Da mesma vertente...


Como uma nascente que jorra suas águas, vindas de profundidade da terra, revelando-se límpida e clara, onde nascem rios e pede passagem para que siga o rumo, abrindo caminho num reencontro de águas... Os meus pensamentos galopam ao seu encontro, todo dia, minha alma incansável tenta alcançar-te... Fecho meus olhos e ouço meu coração... Prossigo, pois a sede de ausências, não se mata em outras fontes...

Num contraponto, faço-te real, bem perto, conjugando os meus e teus sonhos de forma única, mesclando-os de vida, desejos e esperanças, meus sonhos criam asas, sobram ausências e faltam presenças...

Abrem-se as flores, mudam as estações, as árvores renovam suas folhas, as águas fazem-se nuvens, mas somente uma corrente nos inunda, com o encanto infinito do inexplicável...

Beijos a todos que visitam esse espaço.

Imagens: Getty Images