terça-feira, 27 de outubro de 2009

Entre rimas e um trôpego divagar...


Por certo, uma mistura de Dom Quixote e Cervantes... Do cavaleiro andante, e o tropel. Do grito de avante do coronel. Do capitão destemido do navio, em mar bravio. Da embarcação que transportava loucas esperanças, e todas as coisas santas.

Não, não era um catre. Mas tinha uma janela, onde meus olhos depositavam esperanças e viam além. Como por um astrolábio. Muito além, dos domínios da luz do candeeiro. Horizontes, até o infinito... Era o braseiro alimentado incansavelmente, e meu olhar ficava tão mais bonito...

Na seara da esperança, enquanto plantava os sonhos cresciam. Éramos raízes entrelaçadas no mesmo chão. Alimento um para o outro. E o gosto, era de um lar, com cheiro de pão.

Os sonhos buscavam espaço, pedindo aconchego, sem medo de querer e amar. Nem as ventanias, nem os cansaços, nem falta de abraços, faziam parar de sonhar...

Ouço algo... Teria uma ave com seu pio, trazido mau agouro? Espere! Voltarei à janela escutar...

Ah, somente o farfalhar das folhas nos galhos das árvores. Ou seria de fato, minha imaginação? Tal como cavalo velho, que de tanto remoer gastou os dentes.

Indago-me;... Teria a lua pintado de prata meus cabelos, enquanto estava a divagar?

Rimas fáceis para um sonhar, para dizer de um querer.
Inspiração, lenitivo para um coração. Ilusão?

Não! Não diga que foi assim, eu não poderia suportar.
Vi no espelho, a pupila a brilhar.

Seria renegar todos os momentos. A crença que existia uma estrada, uma morada de paz, um céu de estrelas. Uma vida plena!



É isso aí. Shakespeare não morreu!


P.S.: Presto homenagem através deste escrito, ao meu querido amigo “
Oliver, Comandante da Cavalaria do Condado de Deux Chevaux", freqüentador deste espaço desde seu início. Trôpego meu divagar de rimas, tal um cavalo manco. Mas que presta homenagem, para Cavalaria que muitas vezes tarda, mas não falha! -:)

sábado, 17 de outubro de 2009

Caros visitantes...


Dei-me conta que estou chegando perto de cem páginas escritas, e jamais imaginei ter assunto para tanto. Dou-me conta também, que abordei vários assuntos com o exercício da escrita. De forma despretensiosa, escrevi contos, causos, poesia em prosa, dando vazão com meus escritos, ao que veio a mente. Com tendência de escrever expressões do cotidiano, regionais e uso de uma influência da cultura gaúcha. Mesclei humor, pitadas leves e reflexivas, prosas e relatos dos causos de antigamente.
Inventei, relatei e divaguei... E, me fez muito bem!

Um ótimo final de semana pra todos!
Beijos!


P.S.: Obrigada pelo carinho de todos, pelos comentários e o exercício de sua paciência em ler meus escritos. ( hahahahahaha)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Feliz dia da criança que ainda habita em você!!!


Adoro as crianças e a sua forma de ver o mundo. Suas soluções para as coisas são simples e práticas. Suas mentes desconhecem a maldade, ainda não captaram as entrelinhas de uma conversa, são claras e diretas quando falam. Seus sorrisos são espontâneos, não sabem ser artificiais, dizem o que pensam e escrevem "Brazil! "
O som de suas gargalhadas nos contagia e é algo indescritível!

Beijos caros vistantes!
Feliz dia da criança que ainda habita em vocês!!!

P.S.: Brinquei muito na minha infância. Geralmente minha mãe tinha que me buscar no fim do dia - quase noite-, pois não me dava conta da hora de parar de brincar, com uma bela varinha de vime, (pra quem nunca apanhou disso, não imagina o vergão que dá nas pernocas).

Imagem: Getty Images.

Selinho...


Postar o selo e linkar o blog que o ofereceu. Citar 7 coisas que te fazem bem em um blog .
Agradeço a Amandica pelo selinho. Só vou citar algumas coisas, pra não ser desmancha prazer, e para não interromper a brincadeira. Visto Amandica ser muito amada e sempre presente, com sua visitinha alegre e bem humorada. O blog dela também me faz bem. Mas não sou fã de selinhos. Meus amigos blogueiros também não gostam muiiito...rss Então, deixo assim sem citar ninguém, e ofereço para todos visitantes.
1) Blog que abre a página facilmente.
2) Crônicas, contos, causos de antigamente, relatos de lugares pitorescos, costumes de seu povo e suas expressões.
3) Textos compreensíveis, bem escritos, de bom humor, e que “não” terminem dizendo: “Pense e reflita.”
4) Histórias reais, de superação, de pessoas que viveram circunstâncias difíceis.
5) Quando respondem meus comentários.
6) Fatos, fotos, obras de arte, artesanato, trecos de criatividade, imagens belas, (principalmente de jardins, rss ).
7) Etc e taus...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

As cartas que escrevi e não enviei...

Por certo, ainda saberia dizer o motivo pelo quais algumas foram escritas. Ao escrevê-las, tinha o tempo e a reflexão, para colocar minhas palavras ponderadamente. Era também a forma que eu, papel e caneta resolvíamos as questões pendentes, como um balanço geral da situação. Mas, não as enviei... Enviando estaria insistindo falar de circunstâncias já definidas, ou, por achar que não adiantava mais prosseguir o assunto. Resignação talvez... Quem sabe orgulho. Ou, por achar que as palavras pudessem evaporar do papel, e serem lidas telepaticamente pelo destinatário.

Indago-me, teria entre elas, alguma carta de amor? E o temor de revelar meus sentimentos, teria refreado a possibilidade de remetê-las?

Ah! Por certo havia!

Devo confessá-las enquanto há tempo...

Ao padre? Aos filhos? para que saibam quem amei e sonhei enamorar-me?

Todavia, voltou-me a mente neste instante, que todas foram queimadas. E que escrevi em seu lugar, somente uma. Pra quem? E qual era o conteúdo? Conto-lhes... Dizia mais ou menos assim:

Senhor,

Escrevi várias cartas, mas resolvi queima-las. Substituindo todas as cartas, lhe escrevo.
Houve momentos de minha vida, que não entendi muitas coisas. Sei também, que Lhe questionei várias vezes. Não entendi porque as pessoas que amei ficaram ausentes, nos momentos que mais precisei de afeto e consolo. Também, não entendi como alguém que nos diz amar, possa ser indiferente a esses momentos.

Queimei-as, por que foram escritas com sentimentos do momento, como desabafos. Mas entre elas também havia cartas, escritas com intenção de fazer-me conhecer em verdadeira essência.

Somente tenho um pedido, e com esse objetivo é que lhe escrevo. Por favor, Senhor, não permita que eu amargue jamais, não importa a circunstância vivida. Não importam, quantas pessoas insensíveis possam atravessar meu caminho, e me ferir. Não importa, o quanto difícil seja ultrapassar esses momentos.

Quero dizer-Lhe também, que foram lindos os sonhos que sonhei para minha existência. Todos esperados com olhos brilhando, ante a possibilidade de concretizá-los... Nem todos se realizaram.

Leve em consideração meu pedido, e que eu continue a achando graça das minhas atrapalhadas. Sentindo sua presença sorrindo, balançando a cabeça, como quem pensa: “Você me diverte!”

Tudo que aprendi, foi com que criaste com seu imenso amor. Que eu consiga nesta breve passagem pela terra, ser ao menos um mero arremedo do seu exemplo.


Sem mais para o momento,

Agradeço minha vida, e a oportunidade de viver essa experiência terrena.
Com amor, Lu.

P.S.: Ah, e me perdoe por evitar os chatos, os falsos, os hipócritas e demagogos, preferindo o silêncio, e o canto dos seus pássaros.

P.S.: 1)Um adendo - Gostaria de fazer uma perguntinha. Posso? Não dá pros insetos comer os inços, em vez das flores que planto com tanto carinho? Ou, transforma-los em borboletas e beija-flor? que são espécies que apreciam as flores, e embelezam o jardim. Esses “fio de uma égua” tem acabado com as lindas plantinhas. Até dou o nome dos infames destruidores: “ Tatuzinho-bola, formigas e lesmas.

Bem sabes que o jardim não é somente minha vaidade, mas minha prece em forma de ação. O lugar que Lhe espero todos os dias, saboreando a paz e a alegria de sua companhia. Se eles não pararem de comer as mimosas e lindas florzinhas, na próxima vez que vires me visitar, vais me encontrar tacando sal no traseiro deles.


Um ótimo final de semana para todos!
Beijos!