sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Do que já falei...


Falei o que sou e o que sei, falei do que vi e senti. De lampião, de renovação e aflição, de livros e carta, de esperança e de lembranças da infância.

Falei da primavera, de dias banhado de nostalgia, que renasce a cada dia, regado de esperança na bonança de cada amanhecer. Da janela e de quem fica nela.

Falei dos jardins cuidados, as vezes abandonados e mal regados, nem sempre adubados, muitas vezes maltratados. Que há jardins de desamor, sem vida e sem flor.

Citei meus irmãos com suas amarguras, também almas puras. Que se interligam em pensamentos, de momentos, do sol, da chuva e da lua, do olhar e do mar.

Do que faz sentido e que é exprimido, de meus atos, falei de alguns fatos, pulei relatos. De amor e de sabor, acalanto, da alma e de calma, do que há no meu coração, dos que vivem em solidão.

Do Universo, de fonte e de afetos, de buscas e lutas, de rejeição e afeição. De desassossegos, apegos e medos. De faxina, da lamparina, que a vida ensina com rima ou sem rima, que se prolonga e alonga...

De pontos, de chita, de emendas e rendas, do machismo e do feminismo, dos incompreendidos, do tempo, de eventos, silêncios e excrementos.

P.S.: E, tudo isso que escrevi, na verdade foi para enrolar, pois quando escrevi esse texto, não sabia o que falar. Mas foi bom para você relembrar e eu dizer que estou aqui, pensando no que escrever. (Se pensam que aqui cabe uma gargalhada, saibam que é bem isso que estou fazendo)
Beijos!


Imagem: Getty Images

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Acalanto...


Intercalo o que acredito através da escrita, nem sempre com palavras bonitas, com algumas rimas e com clareza na luz de um pensamento.

E um vento, por vezes debochado assopra no meu ouvido, lembrando dias sofridos, que tento esquecer. E uma chuva infame molha o meu rosto, quando lembro dos desgostos dos meses de agosto, ou de setembro, pois já nem me lembro...

Não sei, por que só guardei o entendimento, pois para esses momentos, sempre tive um verso de uma canção, uma imagem bonita, a escrita e a reflexão. E guardado no fundo da alma, um sonho e uma esperança que aquecia meu inverno e que acalantava meu coração.

Esse sentimento libertário e nos cenários -simbolismos expostos- de imagens e cores; dos amores. Retalho fragmentos mesclando de tudo que foi um dia, do que vai a minha memória e da minha história, com o infinito para que tudo fique mais bonito, na calma dessa reflexão, com a firmeza na expressão, na palavra dita e pela escrita.

Tudo me transporta e me reporta, embora possa não fazer sentido, mas é meu abrigo para momentos em que estranho o tamanho da insensibilidade e a maldade do que me rodeia.

Anseio para que um novo dia venha, pois nem sei se isso tudo já foi escrito, se repito ou arremedo, mas escrevo e dou vazão; e a razão, por sentir na calma de uma reflexão, ressonância, tal como criança que canta em ciranda e na luz de um sorriso, faz mais um amigo.


Beijos, aos visitantes deste espaço!



Foto: Pedro Madureira.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Renovação...


Até as folhas das árvores se vão, em renovação, para a próxima estação. E a gente percebe que há ciclos e maturação.

E o que era já não é então. E tudo o que fomos não somos mais...

O ser inconstante, muda a todo instante. Desconhece-se e jamais saberá como reagirá, numa circunstância desconhecida.

Lembrar que a vida não é mais que uma passagem. Que a imagem que se projeta nem sempre é a que corresponde com a verdade.

Que lealdade nasce com a verdade de dizer somente aquilo que podemos fazer. E a contradição nasce por não se agir de acordo com o que se diz.

Que a renovação está em mudar, podar aresta e entender que o que está a nossa frente é a lição. Sem lamentação procurar a solução, refletir antes de agir. Pensar antes de falar e calar, se assim precisar.




Aos visitantes, beijos!




Imagem:Getty Images

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

O meu amigo, Quasímodo!


Gaúcho de nascimento traz a marca do tempo, de alguns cabelos brancos. E garanto que ninguém sabia, que o vivente tinha, um nariz de batatinha.

De chimarrão encilhado o dia inteiro, sempre pronto pra matear. Homem que sabe fazer economia, pois todo dia, as duas colheres de erva que usa, são colocadas pra secar no telhado, pra voltar no outro dia cedito, encilhar o chimarrão novamente.

Mas que falar, de um gaúcho tão bonito? meninas que acharam?


Beijos, aos que visitam este espaço!



P.S.: Amigo de verdade, que tenho imenso carinho. Inteligente, escritor, cantor, músico, homem de alma sensível às artes e a cultura. E que tem, um ótimo senso de humor.


sábado, 16 de agosto de 2008

E...


Existe, além do sim e do não, algo que se chama compreensão. Para alguns, difícil muitas vezes entender. Pois compreender, depende muito do ser e de mudar a forma de pensar.

Nem sempre falar, faz alguém acreditar. Às vezes é melhor deixar o tempo passar. Nem adianta tentar demonstrar, se alguém não sabe aceitar, e muito menos pensar...

Para alguns basta um olhar, nem precisa falar. Para outros, uma vida inteira não basta para ver. O tempo pode acabar e o entender, pode nunca acontecer.

Mais uma conjectura, para acordar os sentidos adormecidos, vislumbrar horizontes, sentir que a fonte do pensar, jamais deve cessar.




Beijos, aos visitantes!




Imagem: Getty Images

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Nem morta, eu volto de charrete !!!


Sabe astro, estávamos as quatro na charrete, indo para um picnic: eu, Fá, Coração e a Lu.

Claro, eu na pontinha quase caindo fora...me segurando igual cachorro em mudança...Uma perna pro lado de fora, a língua no canto da boca...Elas tagarelando e eu preocupada em me manter na charrete... E elas perguntando, entre um solavanco e outro: “ Né Milly?”
_E eu...”Humrum, é, sim!”
Sem nem saber o que, mas não querendo me distrair para não cair e ficar pelo caminho...Depois astro, está me escutando???

-óinc

Então, veja bem...Depois tentando arrumar tudo pro picnic... Tirando formigas, espantando abelhas...e pensando num jeito de ficar no meio delas, na volta para casa....

Nem morta eu volto sentada na beira da charrete!!! Já chega na ida afff...

Ah! E toda vez que ia abrir minha boca para pedir para voltar sentada no meio do banco, uma delas dizia:
_ Milly!!! Olha a abelhaaaa...

Eu que nem sou de falar muito, está me entendendo astro? Querido da madrinha, como estas fortinho! E ainda bem que estas me levando, pois eu de charrete não volto!!!

-óinc...óinc...

Vamos que vamos, meu afilhado...Que amanhã é outro dia!
O sol voltará...os cães latirão...e a charrrete passará, mas nela nunca mais quero embarcar!!!


Mais uma estória da Milly, que rendeu boas gargalhadas. Eu não inventei uma vírgula! Né parceira, que foi bem assim?

Beijos, aos que visitam este espaço!



Obra da artista:Theresa Chinea

terça-feira, 12 de agosto de 2008

O meu jardim!




Imagem do meu jardim, um canteiro de kalanchue, que divido com os meus amigos e visitantes do Laços do Meu Infinito.

Vejo que sempre gostei de caminhos e cantinhos harmoniosos, com plantas fazendo detalhes encantadores. Perco-me nas horas, bolando mais um detalhe aqui, outro ali...

Mas, nem inço que eu transplantava lá nos dezoito anos, vingava. Persistente, continuei a plantar até tomar jeito e entender as plantas. E continuo aprendendo, a natureza é a melhor escola.


Aos visitantes deste espaço, beijos!




Fotógrafo: Meu filhão
Imagem: Extraída do meu jardim.

domingo, 10 de agosto de 2008

Na luz da vela acendida...


O frio quando chega para alma e o medo traz, a escuridão se faz. Na negritude, tal como a calada da noite, são para a alma como açoites. Dói tão profundo, que muitos preferem não andar mais no mundo.

Sofrendo na imensa escuridão, não conseguem achar a saída, nada traz mais sentido para a vida.

A razão nos diz que, onde há escuridão, somente a luz trará a visão.

Podemos ser a vela acendida, para levar a luz e energia para outras vidas. E comungar no mesmo desejo, de levar por qualquer lugar que se vá, a luz e a energia do amor, seremos várias velas acendidas.

Buscando na fonte, no Universo que nos permeia a energia do amor, com a intenção de ser um doador, sem discriminação, trará a evolução. Você pode não dizer, mas outras almas irão perceber. Assim como se pressente e sente, a energia de quem chega até nós.


Beijos, aos que visitam este espaço.


Imagem: glimboo

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Meninas...Cheguei!!!


Tinha prometido para Lu, que viria... E chego encontro a Lu, as voltas correndo atrás do “ astro”.

Minha agenda está sempre lotada, mas tirei uma folga e estou aqui para deixar um beijo em cada uma, desejando sucesso a todas!

_ Anee, doutora linda! Prometo ser sua inspiração!

_Milly! Catarinense linda, tu és um encanto. Uma pena ser tão quietinha.

_Fá... Linda!!! Aquela franja e aqueles olhos...hummmm

_Betania Maria! Vim de camisa azul, para combinar com seus lindos olhos!

_Uns! Esquece aquele sapo, serei seu eterno príncipe!

_Betin@! Mulherão!!! Linda demais!

_ Coração! Queria ser o motivo de seus longos suspiros!

_ Renata... Aquela sua foto, nossa!!!

_Filó! Quer mais um gato? Tô na área!

_Ray...ô Ray! Terás mil motivos!

_Kiara! Bem vinda!



Um beijo em cada uma e flores para todas!!!
Saudações aos homens.


P.S.: Ai, ai...Estou até emocionada. Não foi fácil conseguir trazer o lindão do Gianecchini, espero que tenham gostado!

Beijos, a todos que visitam este espaço!

Imagem: glimboo

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Óinc...Óinc...



Xô meu porquinho, xô...

Xô meu porquinho, cuidado a suspirenta chegou!!!
-óinc, óinc, óinc

E ainda tem mais aquela outra, a tal Milly que é assim ó, com ela...
Vão querer te levar pela corda!!!

-óinc, óinc, óinc


Cadê meu guarda chuva???
Será que emprestei? mas pra quem???

Mimosaaaaaaaaaa...
Onde essa vaca se meteu???



P.S.: Essa é a imagem, que retrata as brincadeiras do mundo virtual. Imagem que foram criando e sugerindo, só faltou o guarda chuva. Mimosa, minha vaca fictícia que já emprenhou, já foi feito batizado do bezerro e até padrinhos teve. Estórias, que já renderam muitas gargalhadas.


Fotografia de: Alfredo A. C. da Cunha
Olhares.com


terça-feira, 5 de agosto de 2008

São meus irmãos...


Que chegam com suas estranhezas e suas incertezas. Com vontade de sonhar e cantar, com seus afetos prediletos, com seus medos e enredos, perdidos e sofridos...

E chegam meus irmãos, pedindo perdão as palavras duras pela sua falta de compostura.

E são meus irmãos, olhando através da cortina a esquina, onde vivem ausentes longe da gente...

Na paz desse momento, ou por qualquer lugar que ande, almas se expandem. Na luz de seu olhar para o mar, em seu clamor pelo amor, na beleza do beijo de um beija-flor.

Uma vertente escorre, lavando a alma na calma de mais um pensamento. De um momento de saudade, dessa irmandade dos filhos da eternidade.


Beijos, a todos que visitam este espaço.


Imagem:Olhares.com

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Silêncio...


Preciso navegar no Silêncio, para ouvir meus pensamentos, ouvir minha alma e ter calma para entender o momento.

Gosto de vadiar no silêncio, rabiscar e juntar palavras, sem muito critério, nem muito mistério. Soltar as asas do meu pensamento, sem regras a seguir para exprimir o sentir.

O que se sente, vem logo à mente. As palavras vão vertendo, como uma torrente querendo seguir em frente.

E a gente sente mente com mente, quando uma frase faz sentido, falando de sonhos, apegos, desassossegos e lampejos de um sentir profundo, do que nos toca a fundo e de que muitos sentem.

Das palavras que emanam em sintonia perfeita, quando se entende e aceita, que não existem acasos. E um pensamento se interliga, a outras almas presentes no caminho da gente.



Silêncios não são em vão, são necessários para ouvir o coração. Beijos!


Espero ter traduzido, o que tantas vezes falamos, viu parceira?