sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Mais um pouco do meu espaço sagrado...


Mais um pouco do meu espaço, que tanto escrevo. Na primeira foto, aparecia a casa vizinha, então resolvi pintar umas flores na lateral. Percebam, que a pintura funde-se nas cores das flores ao chão. Pintei no computador, coisa que nunca tinha tentado fazer. Só não ficou perfeito, pois não tinha muita opção de cores... rss

Levem em consideração o esforço, e a minha primeira vez!

Mas querendo elogiar, não se acanhem! ;-)



Acho linda essa arvorezinha. Há uma mesclagem de cores nas suas flores. A primeira foto, foi tirada antes dela florir.


"Os ninhos."


Em cima da minha casa, moram muitos passarinhos. Tudo bem dividido e organizado. As andorinhas quando chegam, ( pois são aves migratórias), moram na parte da frente, e os pardais na parte dos fundos. Mas outras espécies, moram nas árvores: pombos, canarinhos, tico-tico, bem-te-vi, chupins, etc... Após constantes dias de chuvas e de um forte vendaval ,os filhotes acabaram caindo dos ninhos e morrendo. Então resolvi colocar umas casinhas para fazerem seus ninhos.
O primeiro já está habitado, por um casal de tico-tico. Aparece na primeira foto na sequência, pendurada numa armação feita pelo me filho, que plantarei uma trepadeira. As outras casinhas, até decorei, mas não apareceu inquilino ainda.









Não sei o nome dessa flor, mas é muito mimosa.


Essa flor chama-se funcionária, que sempre esqueço o nome e digo "secretária." Ela abre só após o sol aparecer, e as dezoito horas encerra o expediente.



O que a geada não matou, dos calanxues. E abaixo, uma flor que não sei o nome, mas é linda.





Fui visitar minha mana um dia desses, (aquela dos rabanetes), e trouxe essa plantinha coisa mais amor... Estou igual as comadres de antigamente, que não podiam ver uma flor diferente, que já pediam uma mudinha...kkkkkkkkkkkkkk





Amexeira em flor. É um espetáculo, quando ela está florida.

Os ipês floridos, logo ali na esquina.





Nas fotos abaixo, a nossa gata, "Dona Mel e o Seu Jimmy."
Passam o dia dormindo, comendo, sujando e observando.
Limpar que é bom, nada!!!



Meu jardim está sempre diferente, pois sempre invento mais uma coisa aqui, e outra ali. Eu e meu filho mais velho, agora estamos construindo uns bancos, e umas "carçadinhas"...rss


Tudo eu reciclo. Talvez seja por isso, que me divirto e faço desse espaço minha alegria. Se vejo uma tabuínha, ou cabo de vassoura já vou pensando: Que posso fazer com isso? Tampinha de garrafa, vira adorno. Cacos de azulejos, viram mosaico. Galhos das árvores, (após a poda), viram pedestais para flor, etc. Uma lata que achei jogada, enferrujando na chuva, virou aquela plaquinha branca com o escrito; "Bem Vindos!" Com latinhas, estou fazendo a decoração da porta, de uma salinha que existe lá no jardim. Quando estiver pronta, eu até posto o retrato. Isso se os pedidos forem muitos! kkkkkkkkkkkkkk



Beijos!

.*♥*•.¸¸.*♥*.¸¸. •*♥* Obrigada! *♥*•.¸¸.*♥*.¸¸. •*♥*


P.S.: A maioria das fotos foram tiradas pelo meu filho mais novo. Interessante, que foram tiradas com MP 5. Imagine se fossem com uma boa máquina fotográfica. Acho que esse moço, tem vocação pra retratista. Não acham?

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Fatos e relatos...

A casa ao lado esquerdo da minha, foi vendida alguns anos para uma solteirona. Professora da Universidade, fazia doutorado de línguas ocultas e das letras apagadas. Descendente de alemães e de um município vizinho. Grande figura! Implicante que só, mas boa gente. A cada poucos dias escutava: Vizinhaaaaaaaaaaaaaa! Lá ia eu ver o que ela queria. Então ela começava a falar: Vizinha a sua trepadeira invadiu o meu muro. E lá eu já dizia, usando a política da boa vizinhança e jogo de cintura: Pode deixar, falarei pros meninos cortar nesse fim de semana.

Mais uns dias escutava : Vizinhaaaaaaaaaaaaaa...Céus, pensava que planta cresceu tão rápido quanto na história “ João pé de feijão”???????? E assim era, cada poucos dias uma reclamação. Pensei em usar uma estratégia diferente, e falei: Vizinha, também gostaria de lhe fazer um pedido; os galhos de sua árvore estão em cima do meu telhado e as folhas tem caído entupido constantemente as calhas, nas chuvas tem alagado minha casa. O seu jardineiro, ao fazer as podas deixa meu pátio com todos os galhos das plantas. Ela disse que tomaria providências, e tomou mesmo. Pensei, agora ela sossega.


Passado um tempo escuto: Vizinhaaaaaaaaaaaaa...Ai jesus, pensei que será agora? Abri a porta dos fundos, e vi só seus olhos arregalados; pois o muro é alto. Apavorada ela disse: Tem um sapo em cima da minha geladeiraaaaaaaaaaaaaaaaaa!!! Chamei meu filho e disse: Vai lá tirar um monstro de cima da geladeira da vizinha, ( também não sou simpatizante do tal bichinho).

Ela tem vários cachorros, lembro somente o nome de um, o “ Max”. Lá estava eu trabalhando num belo dia ensolarado no meu jardim. Meu filho me ajudava na tarefa, e lá pelas tantas, ouvimos uma voz fina cortando o silêncio, dizendo pro seu fofo cachorrinho: Mákíííísssssssssssssssss...Tu só pensa em sujar, né? limpar que é bom nada!!!! Tivemos uma crise de riso. Lembro-me que ri até doer as costelas enquanto as lágrimas escorriam pelo rosto. Nem nos atrevemos erguer a cabeça e sair do canto do muro. Quando um parava de rir, olhava para outro e explodia em gargalhadas.


Bem, eu sempre preferi trabalhar no meu jardim em silêncio, além de me fazer bem, posso ouvir o canto dos pássaros. Ao contrário de meus filhos que ao cortar a grama, ou fazer uma poda escutam música com som alto, ( desde música clássica, cavalgada das valquírias a folk, New age, variações de rock, MPB e por aí vai).

Lembro-me que um dia, meu filho mais velho chegou em casa e disse: “Mãe, a vizinha é minha professora agora. E adivinha o que ela falou na primeira aula?” Então ele contou que ela tinha dito na sala de aula ter uns vizinhos meio doidos, que escutam umas músicas estranhas... Gargalhamos muito, e um dia dizia para outro: Imagina, claro que nem somos nós! E mais gargalhadas...


Um dia desses enquanto fazia a gruta, escutei a despedida do seu namorado: Smacksss, ( efeito de um beijo estalado) e bzzzz, bzzz, bzzzzzz ( algo dito baixinho), E ela dando um risinho, hihihihi.... Mais um smacksss, mais bzz, bzzz, bzzz e hihihi...

Todavia, não se foi o fato do meu filho mais novo ter se tornado seu heroi, salvado ela do “ terrível monstro”; fato que ela sempre que o encontra na Universidade comenta, ou por estar namorando. Mas ela finalmente sossegou. Nem tem se dado conta, que algumas plantas por vezes atrevidas, espalham seus galhos alguns centímetros no seu terreno.


Um ótimo final de semana para todos!
Beijos!


Imagem: Getty Images

sábado, 12 de setembro de 2009

Do cotovelo até o joelho.

No tempo, que roupa comprada pronta era coisa rara, e, que roupas novas eram usadas no domingo, pra ir à missa. Entre uma ave-maria e um pai-nosso, era comum às moças colocar reparo, nas roupas umas das outras. Tinha umas moças mais rezadeiras, (parecidas com a Milly). Sentavam-se sempre nos primeiros bancos, como também nas procissões eram as das primeiras da fila, logo após o padre. E claro, se algum detalhe não podia ser visto de longe, então, as curiosas davam um jeito de se aproximar após a missa, puxando um dedo de prosa, pedindo como a estava a família, essas coisas... Só para tirar o modelo do vestido, e fazer igual.


Fiel ao modelo de muito decoro, as moças vestiam-se todas parecidas aos meus olhos. Manga até o cotovelo, (meia manga) e o comprimento até o joelho. Embora, naquele tempo algumas moças já ousavam no decote, e tinham subido a barra para cima dos joelhos. Claro que não para ir à missa. Pois se isso acontecesse, o padre mandava retirar-se da igreja.

As famosas “Casas Pernambucanas”, local onde se comprava os melhores tecidos, trabalhava Seu Helz. E, naqueles tempos, era imprescindível para ser balconista de loja de tecido, saber cortar o pano, e fazer cálculos na ponta do lápis. Seu Helz era o funcionário mais antigo da loja. Era um senhor de certa idade, baixinho, cintura de ovo, bochechas rosadas, e com um grande sorriso nos lábios. Ah, lembrei-me da propaganda que escutávamos na rádio, na época. Corríamos pra escutar e cantar juntos. Começava assim:

Toc, toc, toc! Uma voz pedia:

_ Quem bate? Aí outra voz respondia:

_É o frio!

Aí começava a musiquinha:

"Não adianta bater, que eu não deixo você entrar
As casas Pernambucas, é que vão aquecer o meu lar
Vou comprar flanelas, lãs e cobertores
Eu vou comprar nas casas Pernambucas
E nem vou sentir o inverno passar. "

Mas o que mesmo estava dizendo? Ah, lembrei! Seu Helz tinha uma mania. Cada pouco, saia em passinhos curtos e rápidos indo para o meio da rua. Dava uma girada completa, olhando para o céu e voltava rapidinho em direção a loja. E para o primeiro que surgisse na sua frente, dizia: Não vai chover!


Sempre que alguém passava-já sabendo de tal fato, pedia ao Seu Helz: Será que chove hoje? Só para o ver sair rapinho e fazer à mesma coisa. Parecia o passarinho do relógio cuco. O nosso divertimento era achar um lugar estratégico para observar, apostando, quantas vezes ele sairia para ver o tempo.



Um ótimo final de semana!
Beijos!

P.S.: Milly deve lembrar da propaganda. Embora só tínhamos rádio na época, achei o vídeo da propaganda de 1962. Pra quem quiser matar a saudade acesse:

Imagem: Getty Images.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Brilho da luz refletida...


Não é difícil saber quando uma mulher sorri com os olhos, que são seus doces momentos vividos, em seus olhos refletidos... São as noites de sua memória, suas entregas, belas madrugadas...São suas manhãs ensolaradas, sonhos de amores com jeito de poesia, e o transbordamento de suas emoções...

São os portões, que se abrem olhando pro nada, felizes sem falar nada...

Na vitrine dos seus olhos, fachos de luz, de amor e magia...Trazendo sois para os caminhos a vislumbrar trevos de esperanças, por todos belos momentos vividos, que jamais serão esquecidos.


Beijos!


Imagem: Deviant Art.