
Por certo, uma mistura de Dom Quixote e Cervantes... Do cavaleiro andante, e o tropel. Do grito de avante do coronel. Do capitão destemido do navio, em mar bravio. Da embarcação que transportava loucas esperanças, e todas as coisas santas.
Não, não era um catre. Mas tinha uma janela, onde meus olhos depositavam esperanças e viam além. Como por um astrolábio. Muito além, dos domínios da luz do candeeiro. Horizontes, até o infinito... Era o braseiro alimentado incansavelmente, e meu olhar ficava tão mais bonito...
Na seara da esperança, enquanto plantava os sonhos cresciam. Éramos raízes entrelaçadas no mesmo chão. Alimento um para o outro. E o gosto, era de um lar, com cheiro de pão.
Os sonhos buscavam espaço, pedindo aconchego, sem medo de querer e amar. Nem as ventanias, nem os cansaços, nem falta de abraços, faziam parar de sonhar...
Ouço algo... Teria uma ave com seu pio, trazido mau agouro? Espere! Voltarei à janela escutar...
Ah, somente o farfalhar das folhas nos galhos das árvores. Ou seria de fato, minha imaginação? Tal como cavalo velho, que de tanto remoer gastou os dentes.
Indago-me;... Teria a lua pintado de prata meus cabelos, enquanto estava a divagar?
Rimas fáceis para um sonhar, para dizer de um querer.
Inspiração, lenitivo para um coração. Ilusão?
Não! Não diga que foi assim, eu não poderia suportar.
Vi no espelho, a pupila a brilhar.
Seria renegar todos os momentos. A crença que existia uma estrada, uma morada de paz, um céu de estrelas. Uma vida plena!
É isso aí. Shakespeare não morreu!
P.S.: Presto homenagem através deste escrito, ao meu querido amigo “Oliver, Comandante da Cavalaria do Condado de Deux Chevaux", freqüentador deste espaço desde seu início. Trôpego meu divagar de rimas, tal um cavalo manco. Mas que presta homenagem, para Cavalaria que muitas vezes tarda, mas não falha! -:)