sexta-feira, 31 de julho de 2009

Eu, eu mesma e meu cabelo!


Como diz a Anne, “num momento de diarréia mental”, resolvi pintar os cabelos na cor violeta. Pensei em uma tintura que saísse logo e lembrei-me de violeta genciana. Pra quem não lembra, é aquele remédio que se passa na boca dos bebês quando estão com sapinho.

Na primeira tentativa de comprar o tal produto, a dona da farmácia disse que não me venderia. Vais estragar seu cabelo, dizia ela. Então fui outro dia, disfarcei entre as prateleiras e quando percebi que a dona da farmácia não estava, pedi para uma funcionária me vender violeta genciana, sem dizer pra que seria.

Saindo de lá, passei numa loja pra comprar um brinco. A vendedora, mostrou-me uns quantos. Gostei de um simples, de pedrinhas brilhantes. Ante minha escolha ela disse: Percebo que és bem discreta. Com vontade de soltar uma gargalhada, concordei e contive-me. Mal sabia ela que carregava uma tintura, que me faria ser nada discreta pelos próximos dias.

Claro que sempre existe um culpado pra gente fazer algo. Conto o motivo...

Eram dias chuvosos, daqueles que os cabelos ficam rebeldes, parecem que crescem e absorvem toda a umidade do ar. Nem escova, chapinha e cremes de todos os tipos, davam conta de amansar sua rebeldia. Bem, estava eu numa ala pouco iluminada, pelo fato que o pessoal estava em curso e não havia expediente. Lá no fim do corredor, grita o ex chefão a quase 1 km de distância: Luuuuuuuuuuuu, que aconteceu com seu cabelo??????

Ahhhhhhhhhh meu pai! Pensei, se ele que não observa nada percebeu, é porque então a coisa está feia mesmo! Portanto, à noite, passei mão na tesoura e em três tesouradas estava de cabelo cortado, bem curto. Depois fiz a obra de arte, tacando a tintura.

Ao acordar, olhei-me no espelho, meu rosto e os cabelos eram da mesma cor. Céus! Corri tomar banho, e, depois de secar o cabelo disse a mim mesma: Vamos lá!

Que espetáculo! Já passando em frente de um colégio, escutei:

Meninas corram pra ver uma coisa! E formou-se uma grande platéia, na janela do segundo andar da escola. Um motoqueiro que passava, ficou tão entretido me olhando que quase bateu a moto. Chegando ao trabalho, foi uma gargalhada geral.

Quanto ao corte de cabelo expliquei que era fácil, que não tinha levado nem cinco minutos. Dizia eu: Estava com ameba nos cabelos, então passei remédio. Muitos até elogiaram, e eu me diverti muito!

Mas, mesmo me propondo cortar de graça, nenhuma colega se atreveu me deixar fazer o mesmo corte em seus cabelos. Imagine pintar...




Um ótimo final de semana para todos!
Beijos!



P.S.: Até tirei um retrato, pra provar a veracidade do fato. Não ficou bem, pois tirei com a cam para registrar esta magnífica proeza, embora já tivesse saído uma boa parte da tinta, com a lavagem. Meu filho até colocou uma imagem de fundo, pra dar uma melhorada na obra. Ah, e nem faz jus a minha verdadeira beleza. (hahahahaha)


quinta-feira, 23 de julho de 2009

Adoráveis vizinhos...

Do outro lado da rua tem uma casa que é alugada sempre por pessoas que tem um mesmo padrão de comportamento: Gritam muito. Mais precisamente a “esposa e mãe” da família, que sempre é valente. Penso que deve ser o espírito de “ Maria Bonita” que destemida lutou ao lado de “Lampião”, que ronda a casa e faz esses efeitos.

A que morava antes na tal casa, além de brigar com seu marido e filha por horas a fio, noite a dentro, um dia guerreou com o vizinho da casa de cima de vassoura e rodo... Dizem que deu até polícia no pedaço.

Agora uma outra família mora na casa, mas pouca coisa mudou... Ela tem um papagaio que canta que dá gosto de ouvir, e sempre a mesma música: “Safado, cachorro sem vergonha, eu dou duro o dia inteiro e você colchão e fronhaaaaaaaaaaaaaaaaa...” E termina gritando: Uhúúúúúú..... E de novo, cachorro safado, sem vergonha....

Pára de cantar por volta do meio dia, pra fazer um gargarejo e para o almoço. Tudo isso como música de fundo, enquanto a tal “senhora” grita com seu amado esposo, (que passa as noites no carteado), com seu neto, suas três filhas e o cachorro.

As atividades na casa iniciam cedo, por volta das 7:30 hs da manhã, quando ela traz a gaiola com seu amado pássaro para a varanda da frente, para que ele inicie o dia cantando muiiiiiiiiito!!! Ah, sobra-nos poucas alternativas, ou tacar um travesseiro e algodão no ouvido, ou levantar. Encontro as vezes o meu filho mais velho, em pleno domingo levantando cedo e descendo as escadas rindo. O outro filho ao contrário, moço bom de cama, usa a opção 1 e sempre diz para “Mel” (nossa gata): Vai lá e acaba com aquele papagaio!!!! Penso que se isso acontecer teremos que vender a casa e mudar rapidamente.

Um dia desses eu estava limpando a sacada, escutei seu esposo falar amavelmente para uma das filhas: Cala boca guriaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!...Tu ainda discute com tua mãe???? não aprendeu ainda que se ela começa a falar, fala três dias sem parar, sem comer e sem beber água?????

Agora ele mudou de emprego, viaja muito. Até desconfio porque..



Beijos!




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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Minha querida mana... e os rabanetes!!!!





Com a incumbência de cuidar do meu sobrinho, voltei a morar com minha irmã lá em Barbacena. Tempo de vacas magras. Tinham acabado de construir uma casa e a situação não era das melhores.


A altitude é de 870m acima do nível do mar, e a casa foi construída num local muito alto, onde o vento era cortante e o solo de uma terra socada e vermelha. Minha irmã sempre foi uma grande guerreira, desdobrava-se trabalhando o dia inteiro e nas tarefas domésticas. E com determinação, virou o solo e fez uns canteiros no qual semeou rabanetes e cenoura.


Não sei qual foi o milagre, que fez verter daquela terra tantos rabanetes graúdos e lindos.







E lin
do foi o cardápio após isso: Salada de rabanete, com feijão e arroz. Outro dia, salada de rabanete com polenta e molho. Salada de rabanete e risoto.


E
assim a semana seguia-se, sempre rabanete constando no cardápio e embelezando a mesa.


Céus, nunca acabavam os rabanetes!



Pra quem nunca provou rabanete em conserva, e, se um dia estiver presente quando for aberto um vidro não se assuste e nem corra para o quintal pra ver se a fossa estourou. O cheiro é horrível.










B
em, quando enfim as cenouras estavam grandes e prontas para comer, o processo foi o mesmo. Sopa com cenoura, salada de cenoura, cenoura no molho, cenoura no arroz e bolo de cenoura...


Da cenoura não enjoei, mas de rabanete sim. Nem sei por que, nunca mais comi.


Bons tempos!



Um ótimo fim de semana a todos. Beijos!



P.S.: Por dias a minha memória insiste reviver alguns momentos, retalhos de momentos felizes de um passado, apesar das dificuldades.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Então...


Cá de volta, dando sinais de vida. Na verdade, andei pensando em escrever nesse tempo, mas estava difícil, ( e desaprendi pelo visto, já bati 10 espaços a mais até aqui). Bom... como ia dizendo, voltando me ocorreu que nem tinha condições de escrever, visto um período de turbulências no navio, o que causou muito enjoo. E lamentavelmente perdemos um tripulante, a dor é inevitável...

Nos momentos que estava melhor, tentei fazer umas obras, entre elas uma gruta, (promessa é promessa) e a restauração de uma mesa, ( provavelmente vinda com as caravelas). Mas que troço complicado, tinha umas frestas tão grandes na lateral, que nem precisava abrir a gaveta, bastava usar a fresta para pegar o que havia dentro. Se bem que isso facilitou, pois ela não tinha mais os ditos puxadores. Se tinha buraco de cupim? Céus, a cada dois dedos um condado!

Bem... lembrei-me mais de 100 vezes nos visitantes que ficaram sem respostas em seus comentários, e aqui estiveram visitando o Laços. Caros amigos e blogueiros, obrigada pelo carinho de vocês.



Beijos!